segunda-feira, 23 de abril de 2012

Soneto

E do verbo que te permeia
Teceu os fios do teu pretexto
Embelezando o meu contexto
Em noite de lua cheia

Em passeios à beira mar
Tua mãe te afaga os pés
E gira num calcanhar
Mulher bravia que és

Dos versos que me deslumbras
Eu te dedico este soneto
Por não ter mais que te dar

A ti que de tudo que abusas
Não tens em verdade nada
Pois já criastes raízes no ar

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"Respeitar o trabalho do outro consiste justamente em submetê-lo à crítica mais rigorosa" (José Borges Neto)