Não sou nada
Nunca serei nada
Não mais que um verso
Sem outro declame
Que a voz suspeita dos amigos
Sem outra condecoração
Que a ameaça sublime do inimigo
Somente um verso
Sem outro refúgio
Que o terno colo das amantes
Sem outro ágio
Que a companhia nas estantes
Um mero verso
Sem outro cais
Que a prateleira de papel
Sem dizer mais
Do que verdades sob o véu
E a eterna condição de rimar
É o meu algoz
Mais cruel.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
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Fadados a inexistência.
ResponderExcluirNessa permanente inconstância.
Essa heresia, essa ânsia
de tecer versos da inconsciência...