Acho que me encantei foi pelo teu nome. Desde sempre que ando com teu nome na boca, cuidando baixinho para não olvidar. Desde sempre que escrevo o teu nome em pedras, sóis e firmamentos para apagá-lo depois no contar dos dias, moça que se lê do avesso. E quero-te assonante ao final de cada estrofe.
Despido das teorias que me disfarçavam fui transformado em eu - lírico e desde então me apaixono por toda palavra que pouso no papel. Trago no olhar profundezas do mar oceano, o canto triste que se faz ressaca nas rochas, sibilando nesta aurora que evoca sobriedade e traz à tona a certeza de mais erros cometidos, das verdades mal contidas que ecoei nos teus ouvidos. E no embalo da rede vou tecendo na madrugada os meus poemas etílicos que já nascem póstumos. Nem desconfia dos versos trôpegos que me assomam enquanto lanço em ti meu olhar ébrio e simulo nas entrelinhas passeios sem volta nas tuas pétalas rosadas, meus desejos mais recônditos. E ao te ver em letargia, as pálpebras descidas e um sorriso doce nos labirintos, crio enredos e cenários ao teu sonho. Eis que abre os olhos e é como se venezianas fossem abertas nas nuvens. Já não há embriaguez para alegar como desculpa para a timidez esvaída. Só me resta condenar mais um poema ao meu viver...
Muito lindo!
ResponderExcluirNossa!
ResponderExcluirSimplesmente sem palavras...Muito lindo. Bjos achocolatados
Queria saber o que se passa em suas entrelinhas?
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