sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fragmento de uma análise literária

(...) Outras vezes, afastando-se dessa concepção pueril, o poeta é o aliciador da palavra. Por isso todas as palavras convêm ao poeta, e ele rimará qual quiser. Usando uma metáfora vulgar, poderíamos dizer que o poeta é um cáften das palavras. E ele bem sabe que na verdade o aliciado foi ele, pois nessa permutação não há dependência mútua, pois para as palavras há outros cáftens por aí, e ao poeta, se quiser viver sem elas, cabe aprender outro idioma (mesmo assim de nada adiantaria, pois seriam como as mesmas meretrizes em outras vestimentas).

4 comentários:

  1. Oh, cálice...E quem é que não vive buscando uma certa verdade?Ou uma nova maneira de vestir-se?
    Eu vou trocando apenas de cálices.

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  2. valeu o poetizar, adoraria algo do tipo para meu proximo livro.

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"Respeitar o trabalho do outro consiste justamente em submetê-lo à crítica mais rigorosa" (José Borges Neto)