sexta-feira, 2 de abril de 2010

É Só Poesia!

Poesia não se escreve,
se cospe;
Poesia não se lê,
se bebe;
Poesia não se ouve,
se ausculta;
Poesia não tem lógica,
tem mágica;
Poesia não se explica,
se sente;
Poesia não se senta,
70 ou se deita;
Poesia não se copia nem se traduz,
se cruza e se reproduz;
Poesia não se acaba,
se perde;
Poesia não é o que faço,
sou eu
...
Poesia não cabe nesta página de vidro que você pretensamente lê;
Eu não caibo,
saio, me esvaio...
risco, me arrisco...
não me acabo, somente me perco...

Você?
Ah, você me cospe, me bebe, me ausculta, me magica, me sente, me tenta e me deita,me cruza e me perde (sem me reproduzir),
mas não me lê (nem me entende),
Você também é uma vã tentativa
(mas também é só um advérbio,um significado insignificante)
também eu sou
(_RISOS!)

4 comentários:

  1. Perdida em vãs pensamentos...tento através de algo que desconheço, mas que preciso desvendar: uma forma diferente de ser talvez...quem vai entender: Poesia talvez?!

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  2. Ah, Ju, como eu amo esse poema!!!!!!

    Poesia contém uma mistura inexplicável: todos os sentimentos humanos, todos os protestos, dores e tudo o que está na essência do ser. Poucos são aqueles que conseguem transformar todas essas coisas em palavras. Poucos são os que conseguem transmitir o seu próprio íntimo em forma de versos...Eu lhe parabenizo por conseguir fazer de suas palavras o seu manifesto. Parabenizo por usar a escrita como forma de não se calar.

    "Poesia não tem lógica,
    tem mágica..."

    Eu concordo plenamente. =)

    Beijo, Ju!

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  3. Obrigado Laís! =)
    Mas como eu disse: eu finjo que consigo ;)
    O que eu tento(finjo) fazer com as letras é quase uma orgia entre o leitor e o texto, misturo os dois o tempo todo, para que se confundam! Às vezes eu, que escrevo, sou mero observador...

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  4. Lembro-me quando veio
    todo cheio de "novo"
    E me mostrou esses versos
    Que o Arnaldo te inspirou...
    Em frente a biblioteca...
    Naquele caderno
    Sua palavras brilhavam
    Enquanto eu esperava a hora da aula começar...


    Miutos dias assim, né?
    Era bom...


    Isso deveria ser uma critica literária
    mas, brotou sentimento.

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"Respeitar o trabalho do outro consiste justamente em submetê-lo à crítica mais rigorosa" (José Borges Neto)