Lápis
sobre o papel: DOUGLAS, Rafael. Despedida, 2012
Preta,tisne figura
que emoldurei na parede
Eu te amei
no embalo da rede
Num fim de semana
no meio do nada
Fiz nossa casinha
sobre a madrugada
E ancorei meu barco
na tua beira, morena
Pra me acostumar
à tua maré serena,
ao teu vai e vem,
Meu bem
querer.
Querer já não posso,
poder ainda quero
Ser sempre sincero
foi o acordo nosso
Então combinamos
não vamos
d’agora em diante:
Andar de mãos dadas
dando bom dia aos passantes,
Esperar sem ter pressa
o ocaso escarlate,
Nem todas as coisas
que lembram no peito
há algo que bate.
E assim se termina
a adúltera estória
sem final feliz
Pintura que eu quis
guardar na memória:
Primeiro o Esconjuro,
depois Rubiácea
Das partituras baças
fiz Música, eu juro
E me fiz teu cronista
ainda sujo de tinta
Pintei a Ciclovia
com várias matizes
Para que nosso amor
tenha aquela cor
dos amores felizes.
;(
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ResponderExcluirIlusão Perdida
Florida ilusão que em mim deixaste
a lentidão duma inquietude
vibrando em meu sentir tu juntaste
todos os sonhos da minha juventude.
Depois dum amargor tu afastaste-te,
e a princípio não percebi. Tu partiras
tal como chegaste uma tarde
para alentar meu coração mergulhado
na profundidade dum desencanto.
Depois perfumaste-te com meu pranto,
fiz-te doçura do meu coração,
agora tens aridez de nó,
um novo desencanto, árvore nua
que amanhã se tornará germinação.;(
Pablo Neruda
Po!$@%#
ResponderExcluirMereceu um palavrão.
Ana*
Pedaços de chão..
ResponderExcluir1. Colocar na boca de Ana um palavrão, consiste nisso o suprassumo da poesia!
ResponderExcluir2. Pedaços de chão.. sei que és tu. Estive lá. Por mais que eu escreva outras estórias, não dá pra esquecer.
Resistir é inútil.. Lá sempre será meu refúgio: nosso!
ResponderExcluirLindo e versos!
ResponderExcluirO MUNDO É UM MOINHO
ResponderExcluirAinda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
Cartola