quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ofício II

“Que faz um autor com as pessoas vulgares, absolutamente vulgares? Como colocá-las interessantes? É impossível deixá-las sempre fora da ficção, pois as pessoas vulgares são, em todos os momentos, a chave e o ponto essencial na corrente de assuntos humanos; se as suprimimos, perdemos toda a probabilidade de verdade.”
Dostoievski, O Idiota, IV, 1.


Andei a pensar no senhor leitor. 
Primeiramente é preciso esclarecer que sou destes sujeitos ridículos que não existem mais: ando com flores na lapela, sob a luz dos lampiões, e detenho-me nas gares para tomar o último bonde que a esta hora lúrida já não passa mais. Deste modo senil vejo o mundo. E não mais publico os poemas por inteiro... 
(...)

2 comentários:

  1. O que houve com o poeta que não mais escreveu em seu blog?
    Será que acabou a inspiração?
    :/

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"Respeitar o trabalho do outro consiste justamente em submetê-lo à crítica mais rigorosa" (José Borges Neto)