sexta-feira, 16 de maio de 2014

Lirismo de Amor e Outros Porres


Ao grande amigo e poeta, Juliano Beck.
Andarilho errante, alheio ao verso torto
Barqueiro à deriva, ancorado em (hai)cais
Versificando musas em cada porto
Vais trilhando a vida, suspirando ais

Se tua pena leva à cama a palavra viva
Teu coração, a nenhuma delas pertenceu
Pois tens, na poesia, a alma cativa
E na prosa, o castelo que ergueu

És portanto, personificada prosa poética
A própria metalinguística imagética
A romancear amantes em cada esquina

Lirismo embriagado em verso tinto
Tens na alma, é verdade, eu não minto
A chaga de amores impossíveis como sina!

Um comentário:

"Respeitar o trabalho do outro consiste justamente em submetê-lo à crítica mais rigorosa" (José Borges Neto)