Ao grande amigo e
poeta, Juliano Beck.
Andarilho
errante, alheio ao verso torto
Barqueiro
à deriva, ancorado em (hai)cais
Versificando
musas em cada porto
Vais
trilhando a vida, suspirando ais
Se
tua pena leva à cama a palavra viva
Teu
coração, a nenhuma delas pertenceu
Pois
tens, na poesia, a alma cativa
E
na prosa, o castelo que ergueu
És
portanto, personificada prosa poética
A
própria metalinguística imagética
A
romancear amantes em cada esquina
Lirismo
embriagado em verso tinto
Tens
na alma, é verdade, eu não minto
A
chaga de amores impossíveis como sina!
Nada o definiria tão bem
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